Encontramo-nos todos num comboio muito rápido que se desloca numa via pré--determinada e que vai ganhando velocidade à medida que avança, e já ali estamos há muito tempo. Não podemos chegar ao maquinista porque este está protegido por um corpo de guarda fiel. Ou talvez nem haja mesmo maquinista; e o comboio seja comandado por um computador. Muitos gostariam que diminuísse a velocidade; outros desejariam sair do comboio. Outros estão já tão habituados à velocidade que já nem dão por isso. Uma pequena minoria adora a velocidade e quer mesmo que esta aumente. Esta minoria adepta da velocidade é a única que consegue chegar onde quer. A maior parte fixa o seu olhar em branco na janela, mal se apercebendo do mundo que passa a correr e sentindo-se completamente impotente.
Felizmente, há algo que podemos fazer. PARAR pode tirar-nos deste comboio, pode separar-nos dos ritmos crescentes daqueles que nos rodeiam e pode conduzir-nos aos ritmos da nossa própria escolha, que – e é importante salientar – poderá muito bem incluir algum tempo no comboio rápido. PARAR pode franquear-nos o acesso às oficinas de manutenção para acalmar e restaurar as forças por forma a que, ao reiniciar a viagem, nos encontremos na via certa, na direcção certa, e em estreita colaboração profissional com o maquinista. |