Neste novo livro, Mitch Albom apresenta-nos uma história maravilhosamente escrita que descreve uma extraordinária viagem de oito anos entre dois mundos – dois homens, duas fés, duas comunidades. Começa com um pedido invulgar: um velho rabino de oitenta e dois anos da sua terra-natal pede a Mitch Albom que lhe prepare o seu elogio fúnebre. Desconfortável, ele insiste em conhecê-lo melhor, o que o remete para um mundo de fé que há muito abandonara. Entretanto, perto da sua actual residência, conhece um pastor de Detroit – que em tempos fora traficante de droga e condenado – que prega aos pobres e aos sem-abrigo numa igreja decrépita com um buraco no telhado.
Entre dois mundos, cristãos e judeus, afro-americanos e brancos, pobres e ricos, Albom observa como estes homens tão diferentes usam a fé de formas semelhantes na luta pela sobrevivência. O mais velho, rabino suburbano, acolhendo-a à medida que a morte se aproxima; o mais novo, um pastor do centro da cidade, agarrando-se a ela para se manter e à sua igreja à tona.
À medida que enfrentamos estes tempos difíceis e as pessoas se voltam para as suas crenças, o autor e os dois homens de Deus exploram as questões que nos deixam perplexos: Como suportar as agruras da vida? Que é o paraíso, o perdão, ou a dúvida sobre a existência de Deus ou a importância da fé em tempos difíceis?
Apesar de os textos, orações e histórias serem diferentes, o autor reconhece uma notável semelhança entre os dois mundos e respectivas crenças. No final da obra, com a morte do rabino próxima e o Inverno rigoroso a ameaçar a igreja vacilante, Albom satisfaz o último pedido do rabino e escreve o elogio fúnebre, acabando por compreender o que os dois homens tinham vindo a ensinar: o profundo conforto de acreditar em algo maior do que nós próprios. |